Eleições 2022: Reunião do Comitê Nacional e de membros da rede MCCE discute desafios

Eleições 2022: Reunião do Comitê Nacional e de membros da rede MCCE discute desafios

Membros do Comitê Nacional e representantes de entidades que compõem a rede do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) realizaram reunião, em formato híbrido, no dia 20 de abril, com a finalidade de discutir questões relacionadas às eleições gerais de 2022. O controle da desinformação durante o processo eleitoral e o combate à violência política, especialmente contra as candidatas, estão entre as principais preocupações debatidas pelos participantes.

A reunião ordinária mensal do MCCE foi conduzida pelos diretores Luciano Santos, Melillo Dinis do Nascimento, Luciana Bauer e Jovita Rosa, participando virtualmente, e Haroldo Santos Filho, de forma presencial, no auditório do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em Brasília-DF.

“Estamos em período preparatório para as eleições de outubro e temos muito o que fazer até lá”, afirmou Luciano Santos, elencando ações para o combate à desinformação – as chamadas fake News; o acompanhamento de processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE); o monitoramento do orçamento secreto e da ação sobre essas emendas parlamentares que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF); e a atuação nos encaminhamentos previstos até a eleição.

Verdade eleitoral e desinformação

Melillo Dinis chamou a atenção dos participantes para questões que considera centrais nas eleições deste ano. Na sua opinião, é bastante provável que este venha a ser um processo eleitoral dos mais violentos.

Diante dessa preocupante expectativa, o diretor destacou: “Precisamos fazer ampla mobilização a partir de um conceito que vem sendo trabalhado, que é a verdade eleitoral”. Ele explica que a expressão ‘verdade eleitoral’ significa “combate às desinformações e à violência simbólica, especialmente as formas de violência contra as mulheres, os negros, os indígenas e tantos outros que vão disputar as eleições e enfrentarão o manto da violência”.

Além disso, o diretor também sugeriu que seja organizada uma ampla mobilização, uma campanha da sociedade civil, mobilizando grandes e pequenas organizações e comitês de combate à corrupção espalhados pelo Brasil, para lutar pela verdade, contra a mentira e a fraude, mas também para garantir que a democracia irá acontecer e os eleitos tomarão posse.

Para a diretora Luciana Bauer, o Brasil tem sofrido, desde 2018, com a desinformação. “Nós estamos patinando em combater as fake news e, principalmente, em responsabilizar os culpados, que são os autores desses crimes cibernéticos”, afirmou ela, acrescentando que a desinformação é altamente corrosiva ao pluralismo político, porque polariza o processo e cria insegurança às eleições.

Seminário

A 7ª edição do Seminário Nacional de Juízes, Procuradores, Promotores e Advogados Eleitorais (Senaje) também foi tratada na reunião. O evento vem sendo realizado em anos eleitorais e, em 2022, irá ocorrer em junho, em Brasília-DF.

De acordo com Luciano Santos, a data, o local e a programação do Senaje estão sendo definidos e serão anunciados em maio. “Estamos abertos para receber sugestões de temas para discussão no seminário”, disse, solicitando às entidades da rede MCCE que enviem propostas.

Lançamento no Amazonas

No início da reunião, Haroldo Santos Filho comunicou sobre o lançamento, naquela data (20/4), do Comitê Amazonas de Combate à Corrupção, na Cúria da Arquidiocese de Manaus.

Na programação de lançamento da organização, constou a exposição de atividades que serão desenvolvidas durante o processo das eleições de 2022 e o anúncio da realização do curso de multiplicadores de voto consciente. Além disso, também estava prevista a apresentação do grupo de trabalho de combate à violência política contra a mulher, entre outras ações.

Participantes e respectivas entidades

Além dos cinco diretores do Comitê Nacional do MCCE, participaram da reunião: Adriana Borba Fetzner, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag); Benvindo Coutinho Soares, do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho e Movimento Nacional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas (Mosap); Eiji Jhoannes Yamasaki, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea); Inácio Guedes, do Comitê do Amazonas de Combate à Corrupção e Conselho Federal de Administração (CFA); Larissa Rodrigues Amaral, da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp); Marcelo Freiberger Zandavali, da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe); Márcia Mônica Nogueira Mendes, da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF); Marcos Vinícius Gomes Avelino, da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef); Manoel Júnior, do Comitê do Amazonas de Combate à Corrupção e conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade (CFC); Mauricio Garcia, da Rede ODS Brasil e Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge); Shirley Siolary, coordenadora do GT Mulheres do MCCE e do Movimento Mais Mulheres na Política; Olivia Silva Telles, do MCCE de São Paulo e vice-coordenadora do GT Mulheres; Solange Nunes, do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait); Vilson Antonio Romero e José Avelino da Silva Neto, da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip)

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