Manifesto do MCCE pela defesa da Democracia e o Significado da Reforma Eleitoral e da Reforma do Código Eleitoral

Para que serve uma Reforma Eleitoral ou Reforma da legislação eleitoral? Ao menos deveria servir para aperfeiçoar a legislação e o sistema eleitoral em benefício da sociedade e eleitores obviamente.
No entanto o que estamos acompanhando dos projetos que tratam do tema (PLP 112/2021, PLP 192/2023 no Senado e o PLP 14/2025, PLP 141/2023 e o PLP 316/2016 na Câmara dos deputados) são propostas casuísticas e pessoais ou de grupos de políticos que visam alterar o processo beneficiando este ou aquele que tem por exemplo condenações que o impedem de ser candidato, projetos elaborados por seus emissários e de outro lado grupos que podem ser impedidos de participar dos pleitos porque estariam incomodando os grupos políticos.
Isto se dá na tentativa de exclusão da participação das mulheres acabando com a cota mínima de 30%, alterando a Lei da Ficha Limpa e a Lei contra a Compra de Votos, (Projetos que viraram lei com o apoio de milhares de eleitores por iniciativa popular) a diminuição de controle e transparência das prestações de contas de candidatos e partidos e tantos outros retrocessos que em nada beneficiam a sociedade e os eleitores, mas somente aqueles que propõem as alterações e esperam assim ser beneficiados.
Dentre todos os projetos, o PLP 112/2021 que trata da Reforma da Legislação Eleitoral é o que mais estragos produz, uma tentativa de consolidar a legislação eleitoral que provoca uma mudança radical no processo eleitoral, projeto que tramitou na Câmara em sessões virtuais, em regime de urgência e agora no Senado teria a mesma forma de tramitação não fosse a pressão da sociedade e articulação de poucos Senadores comprometidos com o bem comum da sociedade.
Projetos que propõem por exemplo o fim da reeleição somente para o executivo, deixando a limitação de mandatos também do legislativo e o aumento do mandato de todos também se insere nestes temas, demonstrando o casuísmo praticado.
Ou bem promovemos um amplo debate no Congresso em conjunto com a sociedade ou vamos ter que usar todos as possibilidades para se impedir a aprovação destes projetos que nada contribuem para o aperfeiçoamento do processo eleitoral e muito menos com a democracia e a sociedade.
O Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE) e seus associados que subscrevem este manifesto convocam a sociedade e as demais organizações a se unirem a este movimento para buscarmos a melhor solução e encaminhamento para o assunto.
Brasília/DF, 10 de junho de 2025.
Assinam o presente manifesto:
– Ademir Torres – coordenador do CDDH Dom Tomás Balduíno, Atílio Vivacqua/ES.
– Alexandre Emílio de Lima Torres, Eletricitário, Cemig D.
– Antônio Atayde Tatá Durães – sociólogo – ativista do movimento social
– Bernadete Maria de Oliveira Silva Pereira – MCCE – SP
– Carlos Santiago – Sociólogo, Cientista Político, advogado e presidente da Comissão de Reforma Política da OAB AM.
– Carmen Cecilia de Souza Amaral – Professora
– Cláudio Cezar Fim – Advogado da União.
– Daniela Souza Mendes – Servidora da SMFA (Secretaria Municipal da Fazenda de BH) e integrante do Comitê Mineiro do MCCE
– Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, SDV – Bispo Católico – Prelazia do Marajó – Pará
– Elda Mariza Valim Fim – Auditora do Tribunal de Contas da União (TCU) aposentada.
– Eliane Maria de Carvalho – Assessora Administrativa da SEMCCE
– Elizabeth Maria Costa de Oliveira, São Paulo, SP
– Giuseppe Gazzinelli Silva de Barros – advogado
– Ivetilde Nascimento Delgado Mota – Professora
– Janaína de Lourdes Rodrigues Martini, advogada
– Luciano Caparroz Pereira dos Santos – Diretor do MCCE e advogado
– Luiz Antonio de Souza Amaral – Professor
– Manoel Carlos de Oliveira Junior – Advogado
– Marco Antonio Corrêa Mota – Indigenista
– Maria Amélia Souza Mendes – Coordenadora do Comitê Mineiro do MCCE e Psicopedagoga Aposentada da Secretaria de Educação e MG
– Maria do Socorro F. Mendonça – diretora-presidente do Instituto Nossa Ilhéus
– Melillo Dinis do Nascimento – Diretor do MCCE e advogado
– Olivia Raposo da Silva Telles – MCCE-SP
– Raquel N Mattes – professora aposentada
– Tania Prado – Delegada de Polícia Federal, presidente do Sindpf-SP e diretora MCCE
– Teresinha de Jesus Ferreira da Silva – Economista
– Vilson Antonio Romero – Auditor Fiscal da Receita e Jornalista – presidente da AGAFISP e diretor da ARI
– Wander Rodrigues Machado – Engenheiro Eletricista
– Wilson Reis – Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas (SINJOR AM) e membro do Comitê Amazonas de Combate à Corrupção Eleitoral (CACC).
– Associação dos Amigos de São Caetano do Sul (ASASCS)
– Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF)
– APROFFESP Associação dos Professores (as) de Filosofia e Filósofos(as) de São Paulo
– Associação Brasileira de Eleitoralistas (ABRE)
– Associação Comunitária do Bairro Novo Horizonte – Imperatriz/MA
– Associação Interestadual de Técnicos Industriais (ASSINTEC)
– Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP)
– Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC)
– Auditoria Cidadã da Dívida (ACD)
– CASA LAUDELINA de Campos Mello-Organização da Mulher Negra (CLCMOMN)
– Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Atílio Vivacqua-ES (CDDH – Dom Tomás Balduíno)
– Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro Brasileiro (CENARAB)
– Centro Palmares de Estudos e Assessoria por Direitos
– Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de SP (CSDDH-SP)
– Comitê Amazonas de Combate à Corrupção (CACC)
– Comitê da Cidadania de Imperatriz-MA
– Comitê Mineiro do MCCE
– Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG)
– Conselho Federal de Administração (CFA)
– Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
– Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge)
– Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (FENADEPOL)
– Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)
– Fórum da Amazônia Oriental (FAOR)
– Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase)
– Instituto de Auditoria Independente do Brasil (Ibracon)
– Instituto de Fiscalização e Controle (IFC)
– Instituto EcoVida
– Instituto Nossa Ilhéus
– Instituto Soma Brasil
– Iser Assessoria, Rio de Janeiro
– Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral do Estado de Alagoas (MCCE/AL)
– Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral Estadual São Paulo (MCCE-SP)
– Pastoral Fé e Política da Região Episcopal Lapa – Arquidiocese de São Paulo
– Plataforma dos Movimentos Sociais por outro Sistema Político
– Rede de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Brasil (Rede ODS Brasil)
– Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
– Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no Estado de São Paulo (SINDPF/SP)
– Sindicato dos Servidores do Sistema Nacional de Auditoria do SUS (Unasus Sindical)
– Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait)
– Sociedade Terra Viva (STVBrasil) – São José de Mipibu/RN
– Transparência Capixaba
Você pode baixar o arquivo do manifesto clicando aqui
Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral
(MCCE)
Voto não tem preço, tem consequências.
26º Aniversário da Lei 9840/99 (Lei Contra a Compra de Votos)
15º Aniversário da LC135/10 (Lei da Ficha Limpa)
MCCE | 23 ANOS (2002-2025)
Fonte: MCCE